Profissionais da área de segurança pública necessitam estar convenientemente familiarizados com diferentes tipos de armas, munições e explosivos. Um cartucho de munição “viva”, em condições de ser disparado, é peça essencial para uma arma de fogo; dissociado dele, mesmo a arma mais sofisticada não passa de um conjunto inofensivo de peças metálicas, plásticas ou madeira. Refletindo acerca dos ensinamentos de Sun-tzu (“Conheça o seu inimigo… e conheça a ti mesmo”) vemos que faz-se necessário conhecer mais acerca das munições pois, além das mesmas se constituirem num importante recurso de que dispõe os inimigos da criminalidade, seu emprego adequado pelas forças de segurança pode representar um fator chave para o sucesso nas confrontações do dia a dia.
No trabalho policial, quando da apreensão e o encaminhamento de munições apreendidas, a falta de informações sobre as peças, bem como, por vezes, a veiculação de informações técnicas imprecisas (quando não simplesmente inventadas) pode atrasar uma investigação, bem como compromete a credibilidade dos integrantes órgão de segurança, os quais, à rigor, deveriam ser os profissionais tecnicamente abalizados para abordar o assunto..
Quando se fala em identificação de munições normalmente buscamos saber:
- Seu Calibre e nomenclatura;
- Seu fabricante;
- Qual o tipo de projétil empregado
- Uso a que ele se destina ou o efeito balístico terminal causado por seu projétil;
- Armas onde o referido cartucho de munição é empregado.
Embora tal tarefa possa parecer fácil, em princípio, ela é extremamente dificultada pela enorme quantidade de munições existentes num mesmo calibre, em calibres de dimensões aproximadas (porém diferentes), pelas diferentes cargas de pólvora, pelos diferentes tipos de projéteis etc. Considerando, por exemplo, dois cartuchos aparentemente idênticos de munição num mesmo calibre e tipo, a correta identificação de ambos os cartuchos de munição é tarefa que pode demandar uma pesquisa, consulta à tabelas ou catálogos (a fim de verificar as inscrições existentes na base) e eventualmente até a desmontagem da munição para retirada do projétil e da carga de pólvora.
Um cartucho de munição, em via de regra compreende:
- Projétil ou ponta
- Estojo ou cápsula (normalmente de latão, embora já haja estojos modernos em plástico de alta resistência);
- Propelente ou Pólvora;
- Espoleta.
Nas munições de fogo central a espoleta é engastada, sob pressão na base do estojo. Ela é atingida no centro pelo percussor e deflagra a carga de pólvora. A espoleta usada pode ser substituída por uma nova, num posterior processo de recarga. Nas munições de fogo circular (notadamente o calibre .22 e seus derivados), o iniciador da queima é disposto no interior do aro do estojo e não em sua base. O percussor da arma atinge, não o centro da espoleta, mas extremidade do aro. As munições de fogo circular não são recarregáveis.
CALIBRES
As munições variam com relação ao seu calibre. Generalizando dizemos que Calibre refere-se ao diâmetro interno do cano da arma que a dispara (calibre real) ou ao calibre do projétil (calibre nominal). Nominal é um calibre que serve exclusivamente para designar a munição, não necessariamente corresponde ao seu diâmetro e serve como uma referência para conciliar a arma e sua munição adequada. Isso se faz necessário por existirem munições aparentemente semelhantes, mas cujos cartuchos possuem propriedades balísticas diferentes. Ex.: 7,65mm Luger (diferenciando do 7,65mm Browning), .30/06 e .30M1 etc.
Munições de fuzis
Nas espingardas, a definição do calibre obedece a uma convenção muito particular. O calibre corresponde a divisão de uma libra (medida de peso equivalente a 454g) de chumbo, em projéteis esféricos iguais, de diâmetro idêntico ao diâmetro interno do cano da arma. No calibre nominal 36, o número se refere a divisão de uma libra de chumbo em 36 esferas, as quais tem a mesma medida do diâmetro interno do cano da referida espingarda. Trinta e seis esferas de chumbo, que pesam somadas uma libra, possuem medidas externas idênticas e equivalentes ao diâmetro interno do cano da arma calibre 36.
Nas espingardas, a correspondência de calibres nominais e o calibre real pode ser melhor explicada pela tabela:
Calibre Nominal de arma de cano liso | Calibre real (em milímetros) |
36 | 10,2mm |
32 | 12,2mm |
28 | 13 mm |
24 | 14,3mm |
20 | 15,9mm |
16 | 16,2mm |
12 | 18,5mm |
Embora no Brasil sempre houvesse sido facultado ao cidadão a posse de armas de fogo, sucessivas legislações garantiam que os civis não dispusessem de armas de porte capazes de rivalizar com as das Forças Armadas. Durante anos, a experiência com o banditismo do cangaço e as sucessivas revoluções do início do século XX, fez com que se buscasse assegurar a superioridade bélica do Estado (sobretudo das forças armadas) e até muito recentemente o calibre de armas curtas mais poderoso, permitido aos civis eram as versões +P e +P+ do velho .38” SPL. Sucessivas gerações de brasileiros, nasceram e se criaram convivendo com armas de calibre anêmico como o .22 Short, o 5,5mm Velodog, os .32” e .38”, nas versões curtas e longas, e o 6,35mm (.25” auto) e 7,65mm (.32” auto) nas pistolas semi-automáticas. Pistolas no calibre .380” ACP (ou 9mm Kutrz) só foram liberadas para aquisição por civis em dezembro de 1987! Durante muito tempo no Brasil a legislação manteve a diferenciação dos calibres entre autorizados para uso civil e calibres restritos. Enquanto isso o Estado Brasileiro mobiliava suas forças armadas e as polícias com armas no calibre .38” SPL, 7,63mm Parabellum, .45” ACP, 9mm Parabellum e .40” S&W.
Na gestão do Presidente Jair Bolsonaro, uma emblemática medida foi a liberação pelo Exército de calibres de armas para o uso civil, a qual permitiu às pessoas comuns o acesso a revólveres e pistolas em calibres que antes eram considerados restritos, como o 9mm Parabellum, o .45” ACP, o .40” S&W e o .357 Magnum. Pela primeira vez os cidadãos comuns (que não são militares, policiais, atiradores, caçadores ou colecionadores) passaram a ter direito a adquirir armas de defesa modernas, nos mesmos calibres antes apenas empregados pelos criminosos…
INSCRIÇÕES NA BASE DOS ESTOJOS
Para propósito de identificação das munições podemos constatar que as mesmas apresentam diversas inscrições cunhadas em sua base. Tais inscrições correspondem a nomes, letras, números calibres , símbolos, logomarcas e emblemas que são dispostos radialmente nas bases dos cartuchos de fogo central, ou no centro dos cartuchos do tipo rimfire. Na munição destinada ao uso civil normalmente se encontra a identificação do fabricante e a identificação do cartucho. Nos cartuchos militares, especialmente produzidos para Forças Armadas ou por encomenda governamental, normalmente encontramos indicação do país de origem ou do fabricante, do ano em que a munição foi produzida e às vezes o seu lote, tudo expresso sob a forma de códigos, abreviaturas ou números. Vale ressaltar que inúmeras fábricas comerciais produzem munições em calibres considerados restritos pela legislação brasileira, daí não ser difícil encontrar munições nos calibres 7mm Mauser ( 7 x 57mm), .30/30 Winchester, .30/06 ( 7,62 x 63mm ou .30 Springfield), .223 Remington ( 5,56 NATO ou 5,56 x 45mm), .308 Winchester ( 7,62 NATO ou 7,62 x 51mm) ou 7,62mm Kalashinikov ( 7,62 x 39mm) que apresentem na base do estojo apenas as indicações do fabricante e do calibre.
A interpretação de todas essas inscrições, impossíveis de serem guardadas apenas de memória, sobretudo levando-se em consideração a diversidade de países e marcações, necessita de uma consulta a compêndios, se constituindo numa tarefa de pesquisa altamente especializada.
PROJÉTEIS
Considerando que a atividade-fim de uma munição é causar destruição nos alvos contra os quais ela é disparada, as munições também se identificam pelo tipo de projétil e pelo efeito balístico terminal que tais projéteis provocam nos alvos que atingem.
Em se tratando de munições de armas curtas e submetralhadoras o principal efeito balístico é causado pela energia cinética que o projétil transfere sobre o alvo, porém, nas munições de fuzis e metralhadoras (médias e pesadas) os projéteis são especialmente projetados para provocar efeitos balísticos otimizados (perfuração de blindagem ou fragmentação) ou específicos (a indicação de pontaria, no caso das munições traçantes ou mesmo provocar incêndio no interior dos alvos atingidos). As munições militares de fuzis e metralhadoras (até o calibre nominal de 20mm) também recebem uma pintura na ponta do projétil, segundo uma convenção cromática que, com o fim da URSS, hoje é praticamente adotado em todo mundo.
Cor da Pintura | Tipo de Projétil | Obs.: |
Sem Pintura (cobre natural ou cromado) | Munição comum | |
Vermelha | Munição traçante (apontadora de pontaria) | O projétil deixa rastro visível durante a sua trajetória até o alvo |
Preta | Munição Perfurante | O projétil possui um núcleo duro de aço ou tungstênio capaz de perfurar blindagens muito mais espessas que os projéteis de núcleo de chumbo. |
Prata | Munição Perfurante / Incendiária | O projétil possui um núcleo duro combinado a um conteúdo incendiário |
Amarela (ou Amarela e Vermelha) | Munição marcadora de alvo | Quando atinge o alvo emite um flash e solta fumaça, mostrando o ponto de impacto |
Verde | Munição frangível | O projétil se fragmenta no momento que atinge a superfície do alvo, transferindo máxima energia sobre o alvo, sem transfixiá-lo |
Azul ou Azul Clara | Munições incendiárias | O projétil provoca incêndio |
A queima da pólvora impulsionará os projéteis, os quais apresentam diferentes velocidades, alcances e capacidade de penetração nos alvos. O desempenho balístico terminal de uma munição está associado, à sua carga propelente (tipo e quantidade de pólvora), tipo e peso do projétil e ao comprimento do cano da arma do qual é disparado, a massa do projétil e o seu formato. Nem sempre um projétil pode ser corretamente identificado numa simples passagem de olhos, pois, às vezes há necessidade de desmontá-los dos estojos a fim de que se possa examinar a sua forma, o tipo da base e o peso.
Para identificar um projétil devemos considerar alguns fatores como:
– Possui ou não revestimento?
– O revestimento é metálico (Jaquetado)?
– A jaqueta recobre inteiramente o exterior do projétil?
– Qual o formato do projétil? Tem núcleo exposto?
PROJÉTEIS PARA ARMAS CURTAS MAIS COMUNS
NOVAS MUNIÇÕES MILITARES PARA ARMAS LONGAS
Como os fuzis modernos nas mãos de criminosos vem se constituindo numa das principais dores de cabeça para as forças policiais brasileiras julgamos oportuno abordar a existencia de novos calibres, os quais, mesmo não tendo sido encontrados em nosso territorio, poderão, mais cedo ou mais tarde, aparecer junto a criminalidade em nossos grandes centros. Tratam-se de calibres intermediarios entre o 7,62×51 NATO e o 5,56x45mm (.223 Remington).
A necessidade de tais calibres decorre do desejo de possuir uma munição com maior poder de parada, principalmente a curtas distâncias, numa arma de porte mais confortável e sobretudo com o recuo menor do que as dimensionadas para disparar o cartucho 7,62x51mm. Embora o calibre .223 Remington possua grande letalidade, em diversas campanhas militares se vem criticando seu desempenho nos combates aproximados (inclusive recentemente, no Afeganistão) e esta deficiência fez com que se desenvolvessem diferentes tipos de munição para remediar tal problema.
Desenvolvido em 2002, o calibre 6,5mm Grendel (6,5x38mm) deriva das mesmas especificações que redundaram no 6,8mm Remington. Com comprimento total compatível com as armas de plataforma AR-15/M-16, diámetro máximo de 11,3mm (semelhante ao 7,62x39mm), possui projétil de 123 grains, o qual, disparado num cano de 16 polegadas apresenta um coeficiente balístico superior ao das munições .223 e 6,8mm Remington. Em canos mais longos, sua precisão e energía e comparam favoravelmente às munições padrão do calibre 7,62x51mm, apresentando contudo um recuo bem menos acentuado.
O calibre .50 Beowulf foi concebido para ser um campeão de incapacitação à curta-distância, empregado em armas do tipo AR-15/M-16/M-4, mediante a uma simples substituição de cano.. Pode empregar projéteis ogivais jaquetados, hollow-points, soft-points ou frangíveis, que variam entre 300 e 400 grains (19 e 26 gramas), com uma energía que é o dobro da munição do calibre .223 Remington com o projétil SS-109 (3533 Joules, contra 1300 Joules). As armas adaptadas para o calibre .50 Bewoulf empregam o mesmo carregador dos fuzis do calibre 5,56x45mm, os quais passam a comportar apenas 10 cartuchos da poderosa munição.
A República Popular da China acompanha o desenvolvimento dos projeto ocidentais e em 1987, lançou seu cartucho 5,8x42mm, como um concorrente direto das munições 5,56x45mm ocidental e 5,45x39mm de procedencia russa. Segundo seus fabricantes ele apresentava uma elevada velocidade, menor recuo, uma maior precisão e características balísticas terminais superiores aos seus concorrentes. Embora essa pretensa superioridade balística seja objeto de farta discussão, a China investe pesadamente nesse calibre e em seu fuzil compacto (Bullpup) QBZ 95, como um futuro substituto dos fuzis AK no calibre 7,62×39.
As munições, quando excedem em muito a sua validade podem ser remanufaturadas, através de um processo de recarga. A munição é desmontada, o projétil retirado, a carga de pólvora antiga é retirada, juntamente com a cápsula que contém o explosivo iniciador (espoleta). Em seguida, uma nova espoleta é montada na base do cartucho, o estojo é preenchido com uma nova carga de pólvora e o antigo projétil novamente engastado no estojo.
Da mesma forma, estojos de munição já disparados podem ser recarregados num processo parecido. Colocado numa prensa especial, a qual contém ferramentas necessárias à re-calibração de suas dimensões, os estojos que foram julgados aptos por uma inspeção visual são desespoletados e reconduzidos às dimensões originais. Novas espoletas são instaladas na base e uma carga nova de pólvora é introduzida. Por último, um novo projétil é instalado, tomando cuidado para que as corretas dimensões externas de fábrica sejam obedecidas, de forma a não comprometer a alimentação da munição recarregada nas armas.
De acordo com a qualidade do material empregado na recarga, e o conhecimento técnico de quem a executa, o desempenho das munições recarregadas pode ficar muito próximo (e em alguns casos até superior) ao das munições de fábrica. Os procedimentos de recarga de munições no Brasil são normatizados por legislação específica, sendo estritamente vedado aos civis, mesmo que atiradores ou colecionadores, recarregar munições com propósito de empregá-las em defesa ou de comercializá-las com terceiros.
No Brasil, inúmeras oficinas clandestinas de recarga já foram fechadas pela polícia, muitas delas com ferramental e material de recarga de procedência estrangeira.
INDICAÇÕES PARA LEITURA:
É extremamente difícil sintetizar tais assuntos em poucas páginas ou em uma breve explicação. Porém, mais informações técnicas abalizadas podem ser auferidas na leitura de publicações especializadas como:
- BARNES, Frank; “CARTRIDGES OF THE WORLD – 11h Edition” – Gun Digest Books, USA, 2006.;
- LONG, Duncan; “MODERN COMBAT AMMUNITION” – Paladin Press Book, USA, 1991;
- ZANOTTA, Eng. Creso M.; “IDENTIFICAÇÃO DE MUNIÇÕES – Volume 1” –Editora Magnum (SP), 1992;
- MATOS, Neylton T. S. “ARMAS, TÉCNICAS E TÁTICAS PARA O SERVIÇO POLICIAL” – Editora Magnum (SP),1991;
- Coleção “ARMAS, LIGEIRAS DE FOGO” – Edições Del Prado (Espanha),1997;
- Revistas “MAGNUM” (BRASIL), “GUNS & WEAPONS FOR LAW ENFORCEMENT” (EUA), “ COMBAT HANDGUNS” (EUA) e “HANDGUNS” (EUA).
© by Vinicius D. Cavalcante, CPP, em 2009, 2019.
VINICIUS DOMINGUES CAVALCANTE, CPP, é profissional de segurança desde 1985. Detém 25 cursos e estágios na área de segurança e inteligência, tendo participado de treinamentos na Colômbia e também na Grã-Bretanha. Atua como Consultor em segurança nas áreas de planejamento e normatização, inteligência, segurança pessoal e treinamento. Foi um dos profissionais internacionalmente certificados pela American Society for Industrial Security (www.asisonline.org) no Brasil, sendo certificado em 2004. Diretor Regional da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança (www.abseg.com.br) no Rio de Janeiro, há 32 anos integra a Diretoria de Segurança da Câmara Municipal do Rio de Janeiro como servidor público concursado. É Diretor Conselheiro da Associação Comercial do Rio de Janeiro e membro do Conselho de Segurança da instituição. Atua na segurança de pessoas de notável projeção bem como treinou efetivos de segurança pessoal de diversas instituições públicas e privadas. É instrutor convidado em cursos na Guarda Municipal do Rio de Janeiro, PMERJ, ACADEPOL (RJ), Escola de Inteligência de Segurança Pública da SSP-RJ, Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) e Centro Regional das Nações Unidas para a Paz, o Desarmamento e o Desenvolvimento Social na América Latina e Caribe (UN-Lirec). É articulista em publicações especializadas em segurança do Brasil e do exterior, como o JORNAL DA SEGURANÇA, as revistas PROTEGER, SECURITY, SEGURANÇA PRIVADA, REVISTA SESVESP, SEGURANÇA & DEFESA, TECNOLOGIA & DEFESA no Brasil, bem como SEGURIDAD LATINA e GLOBAL ENFORCEMENT REVIEW e DIÁLOGO AMÉRICAS, nos Estados Unidos, e INTERNATIONAL FIRE AND SECURITY REVIEW, na Grã-Bretanha, com mais de 90 textos publicados. Possui artigos sobre segurança publicados nos Jornais O GLOBO, O DIA, MONITOR MERCANTIL com uma coluna semanal no JORNAL DE HOJE – O Diário da Baixada Fluminense. Autor de três DVDs com video-aulas sobre segurança abordando SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS, OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO ARTEFATOS EXPLOSIVOS e ESPIONAGEM E CONTRA-ESPIONAGEM NO MEIO EMPRESARIAL, produzidos e distribuídos pelo Jornal da Segurança para todo o Brasil.