Durante os jogos olímpicos Rio 2016 o número de ciberataques no país triplicou. Um levantamento realizado pelo Arcon Labs mostra que a performance dos hackers foi digna dos atletas de ponta. Segundo os especialistas, os cibercriminosos começaram a agir antes da Olimpíadas, aumentando os ataques de reconhecimento de alvos para que, durante o período dos Jogos, os ataques com intuito de roubos se concretizassem em alvos qualificados.
De julho a agosto foi registrado um crescimento geral de 196% de ciberataques. Os ataques automatizados cresceram 715%. Entre os mais comuns estão os Worms – que se multiplicam através de vulnerabilidades de aplicação ou rede e têm como objetivos enviar documentos para fora da empresa, roubar identidades ou até mesmo inundar uma rede – e os Botnets, redes de computadores zumbis controlados remotamente por um hacker.
Os ataques de DoS e DDoS, que foram os principais vilões na Copa do Mundo de 2014, voltaram a ser muito utilizados durante os jogos olímpicos. Esses ataques, que tinham como objetivo tornar indisponíveis grandes servidores, serviços e infraestruturas, cresceram 330% no período de julho a agosto.
O terceiro tipo de crime cibernético mais utilizado foram os ataques WEB. Registrando crescimento de 231%, os ataques a sites se aproveitam de vulnerabilidades para comprometê-lo. Os objetivos eram os mais variados: manchar a imagem da empresa ou instituição, acessar o ambiente de TI e roubar dados confidenciais.
Já os ataques Buffer OverFlow cresceram 91%. Trata-se de uma ação que busca explorar falhas de softwares, aplicações e sistemas operacionais até resultar em um acesso ilegal. Durante os jogos olímpicos mais de 480 mil códigos maliciosos foram disparados com o objetivo de infectar máquinas, interromper sistemas, ganhar acesso não autorizado ou coletar informações sobre o sistema ou usuário sob ataque.
Fonte: Agência Gestão CT&I