A polícia da cidade de Nice, na França, identificou o autor do ataque terrorista na noite de quinta-feira 14 de julho, que avançou contra uma multidão com um caminhão, deixando 84 mortos e mais de cem feridos. Segundo o jornal Nice Matin, o responsável seria Mohamed Lahouaiej Bouhlel, um francês de origem tunisiana de 31 anos, residente da cidade. Bouhlel trabalhava como entregador e tinha passagens pela polícia por casos de violência a mão armada, mas não era fichado pelos serviços secretos por terrorismo ou radicalismo.
O atentado aconteceu por volta das 22 horas e 45 minutos de quinta-feira, na Promenade des Anglais, a beira da praia do coração turístico de Nice. Milhares de franceses e estrangeiros acompanhavam os fogos de artifício no local em homenagem à festa nacional de 14 de Julho, Dia da Bastilha. Segundo autoridades, o homem desceu do caminhão, depois dirigir por mais de 2 km, e abriu fogo contra a multidão. A polícia trocou tiros com o terrorista, que terminou morto. Ele estava armado com uma pistola Browning 7.65, mas outros armamentos encontrados no interior do veículo, entre os quais fuzis e granadas, eram falsos.
A polícia de Nice informou que há pelo menos 18 vítimas em estado grave, a maior parte com traumatismo craniano e fraturas graves. Mais de 50 crianças estão entre os feridos.
Estado de emergência – Em Paris, uma reunião do Conselho de Defesa, coordenado pelo presidente francês, François Hollande, foi realizada na manhã do dia 15. Na saída, o primeiro-ministro, Manuel Valls, confirmou que um projeto de lei será enviado ao Parlamento para prolongar o Estado de Emergência no país por mais três meses. O regime de medidas de exceção para combate ao terrorismo estava em vigor desde os ataques terroristas na França em novembro de 2015 e deveria acabar em duas semanas.
É o terceiro grande atentado terrorista no país em 18 meses. “A França mais uma vez foi atingida por um ato terrorista covarde”, afirmou Valls. “O terrorismo, nós advertimos há um bom tempo, é uma ameaça que pesa há muito no país, e que ainda pesará por bastante tempo. Estamos enfrentando uma guerra”, declarou.
Fonte: Veja.com