Faltam menos de noventa dias para o início dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, e a imprensa estrangeira já começa a repercutir, no exterior, os problemas que encontram na cidade-sede desta que é a maior competição do mundo quando o assunto é esportes.
Diversos países mandaram jornalistas para cobrir os preparativos que antecedem as Olimpíadas no Brasil, e, claro, para fazer a cobertura do evento, que acontece entre 5 e 21 de agosto. Entrevistada por agências de notícias, a imprensa estrangeira fez fortes revelações sobre o temor dos repórteres frente à atual situação do Rio do Janeiro, e à falta de segurança no Brasil. A jornalista chinesa, Yang Tanli, da Televisão Central da China, contou que turistas chineses decidiram não vir ao país com medo da grande onda de assaltos que repercute nos noticiários de lá, por exemplo.
O jornalista americano, Brad Brooks, da Agência Reuters, contou que seus colegas de profissão temem algo mais grave que os assaltos, como os ataques terroristas. Para os americanos, fica claro, através dos noticiários, que se o Brasil não está preparado para combater pequenos ataques violentos, como roubos e furtos, ou até assassinatos provenientes desses crimes, um evento de grande porte como as Olimpíadas Rio 2016 seria um campo aberto para um ataque terrorista, diante do despreparo da segurança local e nacional.
Em entrevista ao portal de notícias G1, outro correspondente estrangeiro, dessa vez da TV Pública da Alemanha, Juan Pablo Mondini contou que o maior desafio que o Brasil deve enfrentar nessas Olimpíadas, é a garantia da segurança para os atletas e os turistas que vem ao Rio prestigiar a competição esportiva a nível mundial. Segundo ele, por vezes, é preciso esquecer ou tentar não lembrar do momento conturbado que o mundo tem vivenciado, ultimamente.
Além da insegurança por parte da criminalidade e possíveis ataques terroristas, a imprensa estrangeira também teme o despreparo da segurança pública para conter grandes manifestações, que podem vir a ocorrer durante as Olimpíadas e em proporções maiores do que normalmente já acontece. É o caso da repórter Maria Martin, do El Pais, que destaca o momento em que guardas municipais da cidade do Rio de Janeiro atacaram manifestantes com spray de pimenta, durante um protesto, ao mesmo tempo em que a tocha olímpica chegava no local.
Estará o Brasil preparado para conter a violência e fazer das Olimpíadas Rio 2016 um evento de paz, mudando esta visão que os estrangeiros tem do Rio de Janeiro e do país?
Fonte: http://br.blastingnews.com/