O entretenimento na realidade do século 21, aponta para um novo mercado e um novo tempo. Mais afinal o que é tempo? O tempo pode ser decomposto em três dimensões.
A primeira corresponde a um Tempo físico, representado como um dado e homogêneo. A segunda um Tempo subjetivo, vivido e heterogêneo. A terceira consiste em um tempo sócio histórico e cultural, que varia em cada grupamento social e em vários períodos de sua trajetória.
A percepção do Tempo como algo que oscila entre dois opostos é a partir das consequências e tem na mitologia grega a movimentação ziguezague, onde o mito de Cronos não correspondia a um mito de criação a uma história do começo do mundo, mas uma história do começo do tempo.
A percepção do Tempo, tem-se na regularidade do tempo, não é uma parte intrínseca da natureza; é uma noção fabricada pelo homem, que nós projetamos em nosso ambiente para os nossos objetivos particulares. Kant fez do tempo e do espaço formas de sentir, em linguagem kantiana, “formas puras da intuição”, e assim o tempo e o espaço passam a ser eles mesmos, livres das “afecções” que lhes conferem algum conteúdo.
Segundo Manuel Castells, a Sociedade em Rede na sua dimensão de definição de políticas, numa abordagem que nos leva a interrogar a formação de conhecimento, é a sociedade constituída por indivíduos, empresas e Estado operando num campo local, nacional e internacional.
O nosso mundo está em processo de transformação estrutural desde há duas décadas. É um processo multidimensional, que está associado à emergência de um novo paradigma tecnológico, baseado nas tecnologias de comunicação e informação, que começaram a tomar forma nos anos 60 e que se difundiram de forma desigual por todo o mundo.
Na base de todo o processo de mudança social está um novo tipo de trabalhador, o trabalhador auto programado, e um novo tipo de personalidade, fundada em valores, uma personalidade flexível capaz de se adaptar às mudanças nos modelos culturais, ao longo do ciclo de vida, porque tem capacidade de dobrar sem se partir, de se manter autônoma, mas envolvida com a sociedade que a rodeia.
Assim, a vida social, coletiva, que constrói as categorias pelas quais o indivíduo percebe o mundo que o cerca, está ligada a duração do tempo que controla o mundo, as sensações e o calendário ditando o ritmo da vida social, assegurando uma regularidade. Este homem vive uma dupla jornada numa mistura entre o individual e coletivo que é regido pelas experiências e derivações. Portanto, uma separação entre ritmos da vida coletiva e o ritmo da vida individual gerando uma dicotomia na coexistência coletiva.
O estudo do futuro dos negócios do entretenimento e do turismo dependerá de uma gestão qualificada e um planejamento estratégico estruturante visando a melhoria da capacidade de planejamento, gestão, recepção e atração turística, bem como, buscar uma maior eficiência do setor do entretenimento, aliando melhorias das condições de governança e sociais, geração de empregos e negócios, capacitação e treinamento de pessoas que podem de forma direta e indireta auxiliar os setores público e privado.