Na noite de sábado, 12 de dezembro último, um jovem saiu com os familiares para comemorar o aniversário de 28 anos. Acabou covarde e brutalmente morto a tiros num assalto, numa via da Zona Norte do Rio, ao tentar sair do carro, em que transportava a esposa, a mãe e uma irmã. Sua mulher, alvejada pelos assaltantes assassinos com tiro nas costas, permanece em estado grave.
Mais uma família brutalmente destroçada no contexto da violência sem fim. Poderia ter sido com qualquer um de nós, a qualquer hora, em qualquer lugar. É o preço que a população ordeira paga pela benevolência da lei penal que concede visitas temporárias ao lar e progressão de regime carcerário a marginais que não estão prontos a voltar a conviver em sociedade.
Este é mais um relato que virou rotina no contexto da violência incontrolável onde a demanda criminal supera as estratégias de contenção policial, num país onde a leniência da lei permanece beneficiando criminosos e desprotege a sociedade. O pior é que o entendimento de alguns estudiosos, militantes dos direitos humanos, como numa proposta recente no Rio de Janeiro, é no sentido de esvaziar cadeias colocando alguns criminosos em liberdade.
Será que são merecedores da liberdade ou colocarão ainda mais risco a sociedade que já convive com o temor ao crime? Em crimes bárbaros e desumanos como o aqui relatado não seria a hora de pensarmos na consulta popular para a adoção da pena de prisão perpétua no país?
As cláusulas constitucionais têm que ser deixar de ser pétreas quando estão em confronto com os interesses da sociedade. Prisão perpétua já, antes que mais preciosas vidas sejam ciefadas por criminosos desumanos, no tribunal de execução da via pública, que mata impiedosamente e enluta e destroça famílias.