Os atentados de Paris já se refletiram nas segurança para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, no ano que vem. O Comitê Rio-2016 já teve alguns contatos iniciais com o governo federal, a quem caberá bancar os custos de segurança, que devem subir 15%. No entanto, até o momento, a ação específica para prevenção de incidentes e ao terrorismo não recebeu os recursos autorizados.
Assim, o plano orçamentário “prevenção de incidentes e ao terrorismo”, coordenado pelo Ministério da Defesa, por exemplo, tem R$ 65,8 milhões previstos para 2015. Porém, somente R$ 762,6 mil foram pagos. Isso quer dizer que apenas 1,2% dos orçamento foi realmente desembolsado. O objetivo dos recursos é desenvolver atividades em proveito da capacitação de efetivos com equipamentos adequados a fim de possibilitar a adoção de ações adequadas e oportunas de caráter preventivo, durante a realização dos Jogos Olímpicos de 2016. Os recursos também deveriam ser destinados para ações de cunho repressivo de combate ao terrorismo e incidentes críticos. Proporcionar condições de integração entre o Centro de Prevenção e Combate ao Terrorismo (nível nacional) com os Centros Táticos Integrados (regional).
Para o especialista em segurança, cientista político Antônio Flávio Testa, depois dos atentados, e da declaração de guerra da França, necessariamente, países como Estados Unidos, França e Inglaterra irão exigir que sejam intensificadas ações objetivas. “Nós temos uma mania de deixar as coisas para última hora, no entanto, a improvisação deve perder espaço. O que pode ser benéfico para o Brasil”, explica. Por enquanto, no entanto, para o ano que vem, de acordo com o projeto de Lei Orçamentária Anual de 2016, R$ 21,6 milhões estão autorizados para a iniciativa. O montante é 67,2% menor do que o autorizado para este exercício.
O Ministério da Defesa ressaltou ao Contas Abertas os valores empenhados para as iniciativas de segurança na Olimpíada, que no caso da ação para prevenção a incidentes e ao terrorismo, atingiu pouco mais de 50% do orçamento para 2015. “Isso demonstra o compromisso assumido com a segurança desse grande evento esportivo, o que inclui ações de planejamento e preparação do Ministério da Defesa e das Forças Armadas, em coordenação com o Ministério da Justiça e a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN)”, apontou.
O presidente francês, François Hollande, defendeu a formação de “uma grande e única coalizão” contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que una forças dos EUA e da Rússia. Ele fez um discurso extraordinário para ambas as Casas do Parlamento, o Senado e a Assembleia Nacional, em Versailles. Foi o primeiro encontro com os parlamentares após os atentados em Paris que deixaram 129 mortos e mais de 350 feridos na sexta-feira 13 de novembro.
Fonte: www.contasabertas.com.br