Ter policiais num local, não é a mesma coisa que ter policiamento neste local. É que policiamento é uma atitude. Manter viaturas paradas não é policiamento. Este é pro-ativo, é aquele onde existe ronda, circulação, onde o policial procura a atitude suspeita e contra ela investe e não onde o policial espera a ação criminosa para então reagir. É isto que a nossa PM faz, infelizmente . Fui Chefe da Vigilância no Estado da Guanabara. Minhas viaturas circulavam em ronda, 24 hs por dia. Já tivemos oportunidade de tratar deste assunto com o atual comando da PM, que concorda, mas é difícil mudar uma velha atitude. A PM, contudo, já usou esta forma, no tempo dos Cosme e Damião. Contudo, o comum era atender chamados tipo rádio-patrulha. O mais eficiente é estender o patrulhamento no terreno, sob o comando direto e responsável por este terreno, de forma que diversos terrenos ocupem a área de um batalhão. Isto além de tornar mais imediato o bom resultado, permite ao comando local saber onde está a falha.
A UPP, como solução da violência, já nasceu morta. É que só polícia jamais resolveria o problema de uma favela totalmente dominada pelo crime. Outras agências do Estado deveriam ter sido ali alocadas, desde logo, o que não aconteceu. Como os bandidos já estavam dominando a situação, o esperado era o tiroteio, que está acontecendo. E as vítimas só poderiam ser os moradores, era óbvio. Por que não, abrir ruas e praças numa favela como o Alemão? Poderia vir a ser um bairro, com Delegacia, hospital, etc. A favela é o melhor esconderijo e apoio do bandido, todos sabemos. Ainda tem o escudo, o morador. Há muito o que falar.
Como está, o atrito das autoridades será permanente e cada mudança de comando é um tempo perdido. Agora, parece que o efetivo para cobrir tudo (UPP e patrulhamento) é pequeno.